segunda-feira, 21 de abril de 2025

MORRE PAPA FRANCISCO O PAI DOS POETAS


Nascido em Buenos Aires, filho do vento ,
Jorge Mario, nome de raiz e semente
Nas letras encontrou seu primeiro ofício:
Professor de sonhos, mestre do viver

"Escrevam contos, deixem o coração!"
Borges sorriu nos prefácios do mundo,
Enquanto o rock dos Beatles ecoava no fundo.
Nos corredores de Santa Fé, a lição
Das salas de aula ao altar do Senhor,
Levou a poesia como fiel condutor

Das salas de aula ao altar do Senhor,
Levou a poesia como fiel condutor.
"Viva a poesia!", gritou ao mundo árido,
Luz nas trevas, verso como abrigo.

Na Amazônia, ecoou Neruda e Vinícius,
Sílabas d'água, encontros de ofícios.
Fratelli Tutti, irmandade em versos,
A arte do abraço contra o universo

Cardeal Fernández testemunhou:
"Foi seu oásis quando o cansaço chegou".
Não torre de marfim, mas chão pulsante,
Poesia que desborda, transbordante

Aos poetas pediu: "Sonhem por nós!",
Contra a secura dos dias sem voz.
Na cátedra das letras, seu desejo arde:
Que a vida seja verso, não fruto seco e tarde

Hoje, entre afrescos e salões antigos,
Seus escritos são sementes de peregrinos.
Francisco, pastor de palavras vivas,
Na trama do mundo, fez da poesia esquina

Hoje o vento de Roma parou,
e o Gemelli guardou seu suspiro final.
Bronquite, pulmões de juventude cortados,
quarenta dias de oxigênio e versos não ditos

Pneumonia bilateral — dois pulmões de guerra,
rins cansados, joelhos que cediam à terra.
Mas quem viu o poeta da cátedra maior
sabe: a morte não cala quem fala em amor


Doze anos de "Viva a poesia!" ecoando,
Amazônia em versos, irmãos em abraços.
Morre o homem, fica o canto:
Francisco, raiz de Buenos Aires no Vaticano

Aos 88 anos, partiu sem renúncia, sem fuga,
com a mesma coragem do verso que luta.
Deixou nas mãos de Deus — e nos poetas —
o desafio: fazer da vida sempre uma esquina aberta.

(21 de abril de 2025: o dia em que o verso virou memória,
e a Igreja chorou em sonetos sua história.

Máximas do Papa Francisco:

"Se uma pessoa é gay, busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?"
Frase emblemática que marcou seu papado, proferida em 2013, destacando uma postura inclusiva.

"Eu não queria ser papa"
Declaração feita após sua eleição, refletindo humildade e surpresa diante do cargo

A realidade pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem"
Enfatiza a importância da ação individual na transformação social

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